Uma grande maioria dos adolescentes que vemos nas consultas de Psiquiatria e Psicologia, sobretudo com problemas de comportamentos (faltas às aulas, agressividade, falta de respeito por regras, consumos de drogas e álcool, fugas de casa, comportamentos auto-lesivos, etc.), vêm acompanhados de pais desesperados, preocupados, “no limite”, que de forma quase constante nos dizem: “não sabemos mais o que fazer com ele/a!”
Quando escutamos atentamente as famílias compreendemos que o problema vêm de há muito tempo, que se insinuou de forma quase invisível até à altura em que os filhos entram na fase da adolescência. Ausência de padrões consistentes de educação, de negociação de regras, comunicações altamente perturbadas, dificuldades de adaptação dos pais ao crescimento do seu filho (que deixou de ser uma criança), etc.
Os pais procuram “soluções milagrosas“: “um medicamento para o controlar”; “uma terapia”.
Estes “milagres” não acontecem!
Dar a volta a estes problemas implica que toda a família se envolva, que mude os seus padrões de relacionamento e de comunicação. O adolescente, na maioria das vezes é isto que quer e o “comportamento perturbado” é a forma que arranjou para comunicar isto à família.
Quando o adolescente, a família e os terapeutas compreendem isto e quando se motivam para avançar no sentido da mudança necessária, aí sim o “milagre acontece”!
O Professor Daniel Sampaio escreveu um livro que recomendamos muito nestes casos: “Lavrar o Mar“. Esta obra pode ser um ponto de partida para os pais que se questionam sobre estes assuntos e a sua leitura é algo que recomendamos!!
DG 2013
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